Você não tem a impressão de que sempre há alguma novidade no mundo do marketing? Uma atualização do algoritmo de pesquisa do Google, um recurso inovador responsável por repaginar completamente as redes sociais, uma nova ferramenta para engajar clientes... a lista é imensa.
Com tantas novidades, não é de se espantar que os empreendedores e anunciantes tenham dificuldades em acompanhar o passo.
É por isso que devemos prestar atenção ao movimento completo de uma tendência – e não aos pequenos anúncios e lançamentos de um setor. Lembre-se: por mais que você não tenha uma bola de cristal para prever o sucesso de uma tendência, ao menos saberá o caminho que deve seguir.
Você já sabe quais são as maiores tendências de marketing para o ano de 2017?
1. Transmissões ao vivo: a receita revolucionária para o engajamento de clientes
Com as transmissões ao vivo, você pode compartilhar todos os detalhes de uma experiência com um público diverso – e esse público, por sua vez, pode comentar e participar da experiência em tempo real.
Há poucos anos, o Periscope e o Meerkat eram os aplicativos mais inovadores do mercado. O motivo? Eles foram os primeiros a oferecer o recurso da transmissão ao vivo.
Hoje, a transmissão ao vivo é um recurso presente na maioria das grandes plataformas, como o Facebook, o Twitter, o Instagram e o YouTube. Além disso, existem opções específicas para mercados de nicho, como o Twitch e o Mixer (o antigo Beam), criados para a indústria de jogos – que, só no Brasil, já conta com 59,2 milhões de jogadores.
De transmissões de partidas inteiras de um jogo até sessões de perguntas e respostas, podemos perceber que as marcas e os criadores de conteúdo estão cada vez mais criativos com esse recurso – permitindo, inclusive, que os jogadores façam perguntas e guiem o curso da transmissão. Esse processo inovador revolucionou a maneira como os clientes se relacionam com uma marca, especialmente se comparado a um vídeo normal (além disso, é possível rever as transmissões ao vivo, o que aumenta o número de clientes).
As transmissões ao vivo têm uma natureza bastante variada, já que podem ser vídeos caseiros e tremidos que focalizam exclusivamente a cara de uma pessoa, ou então uma verdadeira produção, na qual marcas e criadores investem tempo e dinheiro no conceito e na produção.
Veja abaixo um exemplo de transmissão ao vivo que contabilizou 2,9 milhões de visualizações. Publicado pela Super Deluxe, o vídeo em questão durava horas e mostrava vários hand spinners sendo destruídos.
2. A importância do micro influenciador
O marketing de influência é uma tendência antiga.
A partir do momento em que democratizamos a construção de públicos-alvo, os criadores de conteúdo (como YouTubers, bloggers e personalidades do Instagram) passaram a conquistar números impressionantes de seguidores – e hoje, desfrutam de um status que antes era reservado apenas para celebridades reais.
Contudo, os micro influenciadores (celebridades com menos de 100 mil seguidores) também estão chamando a atenção de marcas e lojas. O motivo? Enquanto os influenciadores famosos no Brasil cobram entre R$ 50 mil e R$ 150 mil por campanha no YouTube, os micro influenciadores com menos seguidores cobram bem menos: entre R$ 1 mil e R$ 5 mil.
Além disso, os micro influenciadores costumam contar com seguidores mais engajados do que as personalidades de alto escalão das redes sociais.
E não são só as marcas que perceberam isso. Nos Estados Unidos, a FTC já estipulou novas diretrizes para a publicação de conteúdo pago – e o Instagram também já anunciou planos de aumentar a transparência no que diz respeito a colaborações entre marcas e influenciadores, sinalizando no app as publicações dessa natureza.
Hoje, o mercado já conta com diversas plataformas de marketing de influência, prontas para ajudar você a encontrar o micro influenciador mais adequado para a sua marca.
Fonte: Whalar
3. O conteúdo efêmero veio para ficar
O Snapchat foi o primeiro a inaugurar o nosso mais recente vício: as “Stories”, conteúdos de imagem ou vídeo que se autodestroem após 24 horas.
Ainda que nem todos tenham aderido de primeira a essa moda, é importante retomar a natureza premeditada e calculada de grande parte das atividades e publicações das redes sociais: um formato mais efêmero e descontraído como o das Stories permite que os usuários revelem uma personalidade mais verdadeira, uma vez que foge do espaço tradicional de outras publicações.
Agora que o Facebook conseguiu levar esse recurso de sucesso para o Instagram, a plataforma de compartilhamento de imagens virou um gigante de peso: desde o mês de abril, mais de 200 milhões de usuários ativos usam a plataforma para compartilhar suas Stories.
Por mais que o Snapchat tenha recentemente lançado o SnapMaps, recurso que permite assistir Stories de todo o mundo, a versão do Instagram parece ser mais agradável aos olhos dos usuários.
No Instagram, as Stories podem ser vistas na guia Explorar (por isso, marque a sua localização em todas as fotos e Stories) – o que também aumenta o alcance do seu perfil. Além disso, outros usuários podem “mencionar” a sua conta em suas Stories, atraindo novos clientes.
Outro recurso que está sendo lançado são os links clicáveis para as imagens e vídeos das Stories – algo extremamente inovador e necessário, se pensarmos que até agora a maioria de nós só conta com um único link dentro do limitadíssimo espaço do perfil.
E o Snapchat não quer comer mosca: a empresa anunciou uma atualização similar, que permitirá a inclusão de links clicáveis nos Snaps. Esses links, por sua vez, serão abertos no navegador do próprio app.
Lembre-se: não se trata apenas de atrair a atenção dos clientes, mas sim de usar esse recurso para aumentar o tráfego do seu site.
4. A popularização do atendimento virtual ao cliente
Uma vez que as pessoas têm passado mais tempo nos apps de bate-papo do que em outras redes sociais, não é de se espantar que esses apps tenham se ajustado às demandas e hoje ofereçam muito mais do que uma simples conversa entre amigos ou um canal para marcar uma cerveja.
O Facebook Messenger, por exemplo, se tornou um excelente canal de atendimento aos clientes justamente porque parece oferecer uma maneira mais pessoal de comunicação do que os e-mails – além de ser mais rápido do que aguardar na linha telefônica.
Por mais que os chatbots tragam a automatização de muitos processos repetitivos e a criação de ferramentas e jogos que podem ajudar em uma conversa com os clientes, nada se compara a uma interação humana – e é aqui que o comércio conversacional se destaca.
Se você já tem uma loja na Shopify, esse processo pode ser bem simples: basta ativar o Facebook Messenger e começar a notificar seus clientes sobre o status dos pedidos (ou responder qualquer dúvida que eles possam ter).
Outro recurso bastante famoso do Instagram, o Direct, também permite o envio de links. Para quem é lojista, isso significa que é ainda mais fácil aumentar as vendas e aperfeiçoar o atendimento ao cliente no Instagram.
Qual será a próxima tendência?
Todos nós sabemos que as quatro tendências listadas acima não apareceram da noite para o dia – mas que na verdade demoraram anos para se consolidarem como tendências relevantes. É por isso mesmo que hoje elas podem ser adotadas por empresas de todos os tamanhos.
Por mais que seja importante não se deixar levar por todas as pequenas novidades do mundo do marketing, as tendências acima indicam alguns caminhos para o futuro de marcas e clientes. A pergunta, portanto, é inevitável: Qual será a próxima tendência?
Nós queremos saber a sua opinião nos comentários abaixo: quais são as tendências mais relevantes? Qual é a sua dica para outros colegas empreendedores?
Sobre a autora
Carolina Walliter é escritora, tradutora, intérprete de conferências e editora-chefe do blog da Shopify em português do Brasil.
Post original em inglês: Braveen Kumar
Tradução e localização: Marcela Lanius
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