Esse é um Guest Post por André Siqueira da Resultados Digitais.
Você já deve ter uma ideia de que grande parte dos visitantes que chega até uma loja virtual não está no melhor momento para comprar, certo? Por isso, sabemos que só anunciar produtos e preços é pouco efetivo, principalmente para as pessoas que nem reconheceram direito os seus problemas e necessidades.
Diante disso, as estratégias que visam preencher essa lacuna, como o Inbound Marketing e o Marketing de Conteúdo, se baseiam na produção e compartilhamento de informações relevantes para atrair os consumidores certos até o seu e-commerce. A partir daí, criam-se relações sólidas que resultam em mais e melhores vendas.
Basicamente, são metodologias que cobrem duas demandas importantes do público: educar-se sobre as suas dores e sobre as ofertas que possam solucioná-las. Para as empresas que aplicam essas técnicas, há os ganhos de:
- reputação na área de atuação;
- posicionamento nos resultados orgânicos do Google (aparecer na primeira página e nas primeiras posições);
- seguidores nas redes sociais;
- geração de Leads;
- reconhecimento e boas percepções sobre as marcas.
Vale ressaltar: a questão da autoridade no assunto é fundamental, porque as pessoas confiam mais em marcas que demonstrem entender das dores que elas sentem e dos objetivos que almejam.
Aliás, uma boa reputação não é construída apenas com produtos de alta qualidade e entregas dentro do prazo — esses são fatores pós-venda. Por outro lado, a produção de conteúdos atinge a fase de atração, que é quando o consumidor precisa saber que a sua empresa tem conhecimento e credibilidade para entregar a solução ideal para ele.
Então, sabendo como a produção de conteúdo pode ser útil para os objetivos de um ecommerce, resta saber como escrever e promover os conteúdos certos. Para você entender melhor, vamos trabalhar com dois direcionamentos: os problemas que suas ofertas solucionam e a sua segmentação de mercado. Continue acompanhando!
Crie conteúdo sobre os problemas que seus produtos resolvem
Os conteúdos de um ecommerce não precisam ser necessariamente voltados para os produtos, como os textos de venda e as características técnicas. Esses conteúdos normalmente são parecidos (às vezes até iguais) entre diversas lojas virtuais do mesmo ramo, e pouco acrescentam valor à demanda. Portanto, é interessante adotar um viés que foque também nos benefícios dessas ofertas ao seu público.
Trata-se de tornar o produto um objeto ainda mais desejado não só pelas suas especificações — como tecnologia, design ou cores — mas sim pelas suas experiências proporcionadas. Por exemplo: uma pessoa que compra um colchão novo não está atrás apenas de conforto (até porque essa é uma característica básica), mas sim de mais disposição para o seu dia a dia, de produtividade no trabalho, de diminuir suas dores físicas etc.
É justamente esse lado que os ecommerces podem explorar ao produzirem conteúdos sobre os problemas que suas ofertas solucionam. No exemplo dos colchões, vale escrever sobre a importância de um sono adequado para ser mais eficiente no trabalho, ter mais longevidade na vida, acordar mais disposto e bem-humorado; enfim, soluções que envolvam o estilo de vida que o consumidor espera vivenciar após a compra.
E para acertar nesses conteúdos é bom criar uma persona, estudar os problemas e objetivos do seu público e entender como os seus produtos poderão ajudá-los.
Crie conteúdo sobre o nicho
A produção de conteúdo sobre a sua área de atuação é relevante para deixar os consumidores mais inteirados sobre o universo dos produtos que pretendem adquirir. Além disso, reforça a autoridade da marca, tornando-a referência no assunto abordado. E essa alternativa é interessante para as lojas virtuais mais segmentadas, pois engloba uma audiência mais homogênea, de preferências parecidas e sem perder o foco na criação dos conteúdos.
Não que as lojas de departamento ou varejistas não possam escrever sobre e para nichos específicos; a questão é que, para obter sucesso, elas precisam direcionar bem a divulgação desses materiais para que não cheguem às pessoas erradas.
Se um ecommerce de eletrodomésticos produz um blog post sobre “como tornar o uso de um freezer mais econômico”, por exemplo, deve tomar cuidado ao escolher as palavras-chave para atrair a atenção do público interessado em freezers.
Voltando aos negócios virtuais segmentados, vejamos alguns exemplos práticos:
- lojas de produtos de informática que falam sobre tecnologia, reviews de notebooks e novidades do mercado;
- livrarias que escrevem análises sobre os livros que vende, histórias dos autores e indicações de leitura;
- ecommerces de suplementos alimentares que produzem textos sobre academia, vida fitness e alimentação saudável.
Bônus: onde promover esse conteúdo
Saber quais tipos de conteúdos produzir e como criá-los já é uma boa vantagem — melhor ainda se você souber quais os canais mais efetivos para divulgar esses materiais, não é verdade? Por isso, falaremos dos 3 meios mais usados: blog, Email Marketing e redes sociais.
Blog
Esse é o canal mais habitual do Marketing de Conteúdo, pois é no blog que se concentra toda a produção de conteúdos. Sem contar que ele está diretamente vinculado ao ecommerce, inclusive pela URL e pelo design das páginas, o que simplifica o reconhecimento da marca e o caminho do público até uma compra.
Suas postagens geram tráfego qualificado e contínuo para a loja virtual, trazendo mais interessados em um longo prazo. Além disso, quando constituídos de conteúdos altamente relevantes, os blogs ajudam o seu site a se posicionar melhor nos resultados do Google e de outros buscadores.
Email Marketing
Engana-se quem acredita que o Email Marketing pode ser usado apenas para disparar ofertas — sua eficiência também está atrelada à criação e manutenção do relacionamento com o público.
Para isso, você pode enviar conteúdos que despertem um maior interesse dos seus Leads e que gerem aproximação deles com as suas ofertas. Os conteúdos enviados podem variar desde uma newsletter até os materiais mais ricos (mais elaborados que um simples post), como eBooks, infográficos, webinars etc.
Redes sociais
As mídias sociais cumprem uma função parecida com a do Email Marketing, no sentido de fortalecer o relacionamento entre consumidor e marca. A diferença é que nas redes sociais o engajamento do público tende a ser maior, pois os conteúdos compartilhados se espalham com mais facilidade.
Pela sua página no Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn e outras plataformas você pode compartilhar os conteúdos do seu blog, e até mesmo de outros sites, desde que mantenha a mesma linha temática dos seus posts e siga os objetivos de marketing.
Aprofunde-se no assunto
O ponto chave do marketing de conteúdo é ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões de compra; trata-se de uma abordagem consultiva, assertiva e educativa com o seu público. Ao invés de falar dos produtos em si, são explorados os benefícios dos produtos e o seu nicho de mercado.
Assim, os consumidores podem comprar com mais conhecimento sobre as ofertas e confiança em sua loja. Além disso, o ecommerce pode aumentar o valor do seu ticket médio. Afinal, é mais fácil uma pessoa que aprendeu a gostar de alta tecnologia comprar um smartphone de R$ 2 mil (preço de um modelo com mais recursos) do que alguém que não enxergue o valor da oferta, ou seja, quem não dá valor às vantagens de um produto superior.
E então, gostou do post? E se você acredita que a produção de conteúdo relevante pode trazer resultados concretos para sua empresa, também gostará de ler o nosso eBook Marketing de Conteúdo para Resultados: alinhando conteúdo ao funil de vendas.
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Sobre o autor: André Siqueira é administrador pela Universidade Federal de Santa Catarina, foi professor de pós graduação na disciplina de marketing em redes sociais e é co-fundador e Head de Marketing da Resultados Digitais, empresa líder de automação de Marketing na América Latina.Ler mais
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